A Refinaria de Mataripe está passando por dificuldades devido ao baixo estoque de gás de cozinha e combustível, resultante da redução da produtividade. O Sindicato dos Petroleiros atribui essa situação a demissões recentes e às fortes chuvas na Bahia. Administrada pela Acelem, a ex-estatal tomou medidas para amenizar o problema, como a compra de uma carga extra de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) para reforçar seus estoques.
O sindicato alertou a Acelen sobre as demissões ocorridas nos últimos meses, que teriam sobrecarregado os funcionários remanescentes, e relatou novas ameaças de demissões.
A Acelen afirmou que a compra da carga extra faz parte das ações adotadas para minimizar possíveis impactos e destacou o papel do Centro de Manutenção Integrada (CMI), que utiliza Inteligência Artificial (IA), para responder de forma ágil e assertiva a essa ocorrência. A expectativa é de que a operação seja normalizada em nove dias.
Segundo o Sindipetro, na tentativa de retomar a operação das unidades, um compressor da Unidade-39 (U-39) apresentou problemas, impedindo o retorno do craqueamento do petróleo. Isso resultou na redução do estoque de combustíveis para o nível mínimo.
“Por conta disso, a Acelen precisou solicitar o retorno de um navio que havia sido recentemente carregado com GLP (gás de cozinha) para que o produto fosse devolvido. A preocupação reside no possível impacto no abastecimento das distribuidoras, já que a previsão para o retorno do craqueamento na U-39 é de 10 dias, havendo risco de escassez de produtos no mercado baiano”, informou o sindicato em nota.